terça-feira, 10 de agosto de 2010

Id, Ego e Superego.

Freud formulou uma célebre teoria segundo a qual a personalidade dos indivíduos é formado por três elementos distintos: Id, Ego e Superego.

Comecemos pelo Id. É a nossa animalidade, ou seja, os impulsos instintivos que nos tornam semelhantes aos animais, uma força que procura se satisfazer a todo custo. Apesar de seres racionais, nós, humanos, ainda possuímos, inconscientemente, tendência à agressividade e a desejos baixos e mesquinhos.

Já o Superego é uma força contrária ao Id, que impede este de se manifestar no consciente. É o produto da cultura e da civilização, as normas e valores morais adotados pela sociedade e que cada um de nós internaliza através da educação, para que o bom convívio social possa ser possível.

O conflito entre essas duas tendências opostas, Id e Superego, forma o que Freud denominou Ego, o “Eu”. É importante notar que crianças muito pequenas não possuem Ego. Basta observar que elas nunca se referem a si usando o pronome pessoal “Eu”. Um garoto que se chama Gustavo, por exemplo, em vez de dizer “Eu quero isso”, diz “Gustavo quer isso”. Isto ocorre porque a criança não desenvolveu ainda a personalidade, processo que se dá gradativamente através da educação.

Para ilustrar como esses três elementos psíquicos se inter-relacionam imaginemos a seguinte situação. Um homem está no elevador quando, então, entra uma mulher atraente. Os dois ficam ali, sozinhos. De repente, o sujeito é possuído por uma vontade irresistível de agarrar a pobre mulher, ali mesmo no elevador. É o seu Id entrando em ação. Quando se prepara para dar o bote, o elevador pára e entra mais uma pessoa, inibindo o homem de efetivar seu abuso. Agora é o Superego que está em cena.

Concluindo, o ser humano é esse animal diferenciado, dotado de cultura que, para conviver em harmonia com seus semelhantes, teve de abdicar de seus instintos, digamos assim, anti-sociais.

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